Bombeiros numa zona residencial destruída após bombardeamentos em Kharkiv.
Thomas Peter – Reuters
Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
7h30 – MNE ucraniano apela à criminalização do uso da letra “Z”
“Apelo a todos os Estados para que criminalizem o uso do símbolo ‘Z’ como forma de apoio público à guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia. ‘Z’ significa crimes de guerra russos, cidades bombardeadas, milhares de ucranianos assassinados. O apoio público a esta barbárie deve ser proibído”, disse Dmytro Kuleba no Twitter.
I call on all states to criminalize the use of the ‘Z’ symbol as a way to publicly support Russia’s war of aggression against Ukraine. ’Z’ means Russian war crimes, bombed out cities, thousands of murdered Ukrainians. Public support of this barbarism must be forbidden.
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) March 29, 2022
Ponto da situação
- As negociações de paz entre Ucrânia e Rússia voltam ao formato presencial, sendo retomadas esta terça-feira em Istambul, na Turquia. No entanto, os dois lados reduzem as expetativas de grandes avanços nas conversações.
- Na segunda-feira, o presidente ucraniano apelou a sanções ocidentais contra a Rússia que sejam “eficazes e substanciais” e voltou a pedir o fornecimento de mais armas ao país. “Os ucranianos não devem morrer apenas porque não conseguem ter coragem suficiente para nos entregarem as armas necessárias. O medo torna-vos cúmplices”, afirmou Volodymyr Zelensky.
- O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, diz que Moscovo se sente “em guerra” com o Ocidente, muito por culpa das sanções a empresas e indivíduos no país. Numa entrevista, o responsável admitiu os receios da Rússia em relação à aliança atlântica. “Estamos com demasiado medo que a NATO se aproxime das nossas fronteiras com a sua infraestrutura militar. Por favor, tratem disso. Não nos encostem a um canto”, apelou.
- O presidente norte-americano, Joe Biden, recusou-se a pedir desculpa pelas declarações no último fim de semana, na Polónia, em que afirmou que Vladimir Putin “não pode permencer no poder”. Questionado sobre a frase proferida em Varsóvia, Biden afirmou: “Não estava nem estou a pedir uma mudança política. Estava a expressar indignação moral que sentia”.
- De acordo com a ONU, em mais de um mês de guerra morreram pelo menos 1.119 civis e outros 1.790 ficaram feridos. No entanto os números reais poderão ser bastante superiores. Segundo a autarquia de Mariupol, uma das cidades mais visadas pelos ataques russos, pelo menos 5.000 pessoas morreram, incluindo 210 crianças.